Amarga Herança De Leo, de Isabel Vieira

em sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Editora: FTD
Páginas: 162
Lançamento: 1999
Autora: Isabel Vieira

 Orelha de Livro|Skoob|Amazon|Saraiva
Sinopse:
Na infância e adolescência Flora e Leo viveram um relacionamento que era considerado uma verdadeira "parceria cósmica". Mas o tempo passou e Leo se envolveu com as drogas e foi embora para Londres. Quando retornou, a transa trouxe o medo da AIDS.
Após a morte de Leo, aos 21 anos, Flora - única amiga que sabe que ele foi vítima da AIDS - reconstitui a história de sua turma, tentando descobrir como e quando Leo foi contaminado. O final da obra em aberto evoca algo mais trágico: quais entre eles, inclusive a própria Flora, correm o risco de também ser portadores do vírus HIV?
O texto conduz à discussão das relações amorosas e do uso de drogas numa época em que amor e morte andam perigosamente próximos. Novela lírica, sincera e realista sobre as ambições que os jovens de hoje têm a respeito de sua vida sexual.


6ª Resenha do 'Teorema da Leitura'



Minha opinião sobre este livro:

      Este foi o primeiro livro que me marcou e que me fez chorar. Me surpreendi já na primeira frase do livro: foi um choque logo de cara.

        Embora a história seja sobre o Leo, ela é narrada por Flora, a protagonista. Os dois se conhecem ainda crianças e Flora diz que eles desenvolvem uma "parceria cósmica".

"Eu tinha quatro anos e meio quando Leo entrou na minha vida."

    Eles crescem juntos, têm uma turma de amigos legal e na juventude eles descobrem juntos o sexo, as drogas e o rock ’n roll. Também descobrem The BeatlesThe Doors e Jimi Hendrix.
Amarga Herança de Leo possui várias ilustrações, umas das mais bonitas que eu acho é esta:
No mangue de nós, germina uma literatura.

     O que mexeu comigo nesta história, além, é claro, da tal amarga herança, foi a forma como Flora ficava completamente indefesa na presença do Leo.

    Os dois vivem um romance "romântico" no pior sentido da palavra: paixão doentia beirando a obsessão e, por mais que nunca estejam bem juntos, não conseguem se afastar um do outro, e, creiam, este nem é o ponto mais importante do livro.

" Como você chama?  ele perguntou.
 Flora.
 Flora... - ele repetiu, estranhando. E, depois de um breve silêncio, num impulso galante de sedutor precoce, me estendeu uma florzinha amarela. - Então toma pra você, Flora. Quase igual ao seu nome. Só falta o a."

    O livro não tem um final explícito. O final aberto é proposital, nos fazendo pensar e imaginar que rumo a vida de Flora tomará.

    Essa é uma daquelas histórias feitas pra gente chorarsentarpensar e repensar. Fiquei com um aperto no coração no fim, me perguntando o que poderia ter sido feito para a história deles terminar diferente.

     P.S.: O Leo se tornou especial para mim com o seu jeito moleque de ser. E, ah, eu adoro quando o Leo chama a Flora de Lady Marian e de Flora-Lucy.
  

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